Quando os cidadãos não vivem em equilíbrio emocional, inconscientemente, passam a desenvolver mecanismos comportamentais atípicos. Faltam-lhes alguns dos estádios de saúde e, em consequência derrogam códigos, mesmo quando habituados estejam ao seu manuseio.
Outrossim, o país é (e tem sido) governado por cidadãos que desenvolvem atípicos comportamentos mercê dum frenesim instalado ao qual convencionaram chamar de crise; e o que mais temos é crise. E há quem diga que ainda vai piorar. Pois vai! Essa é a nossa convicção de há muito.
Mas façamos breve reflexão!
Há anos (há décadas) que o país anda a consumir o que não tem. Sem embargo disso vendia abastança, o que no dizer do povo – e entenda-se neste povo aquele dito de rude, mas sábio! - quando diz: “quem cabritos vende e cabras não tem de algures lhes vem!”. Foi isso (ou é isso) que tem acontecido; de algures lhes vem o dinheiro – emprestado, claro! -, para de seguida o trocarem por bens que de fora também vêm.
Os portugueses são uns beneméritos! Têm andado a enriquecer os outros países. Por outro lado, outros beneméritos, também sem observância de quaisquer códigos – menos ainda os de ética -, embolsaram dinheiro que não era seu, desviando-os para contas pessoais (o que não aconteceu só nos bancos). E não foram parcos, 100 milhões de euros!? Num qualquer país civilizado, organizado, só poderiam ter lugar numa prisão.
Aferindo, pois, por aquilo que lemos, vemos e ouvimos, os comportamentos - não só de quem consome sem que nada tivesse produzido – tem vindo em degradação acentuada. Gestão danosa, roubo, falta de conhecimento para a gestão da coisa pública, descrédito, e tudo o mais que quem nos lê bem sabe.
Enquanto isso os mais conscientes - também há que diga que é medo - esses auto-afastam-se; fogem das teias. E, ante tudo isso, dizem os nossos credores “mas vocês estão todos rotos” andaram a meter dinheiro em sacos sem fundo e nem sempre justificado como deveria.
Gastaram à tripa forra; não fizeram gestão como se impunha, não produziram, endividaram-se, não se entendem; e por aí além!.. Assim só o FMI vos pode valer!
Mas, vendo bem as coisas, ante o que está a acontecer e/ou tem acontecido ousamos dizer “não seria melhor mandarem vir, em vez do FMI, o FBI?”
Leiria, 2011.01.15