Quando teço opinião sobre à União Europeia, quanto às dissonâncias de política e políticas e económicas, a meus olhos têm razão de ser.
Agora já não é mais possível continuar tapar o sol com a peneira. A Grécia já admite sair da zona Euro. Por sua vez a Irlanda vem dizer que continua de rastos. E, outros se perfilam.
Embevecidos com a campanha, os nossos políticos, têm ignorado o aumentar do fosso. Tais factos são indícios claros de que Portugal, não estando à cabeça do pelotão, só pode estar na cauda. E, já sem forças para agarrar ao andamento da última roda.
Mas nós estamos bem! Continuam a dizer os políticos. Seja-me permitido esta liberdade; não acredito! Ou seja, acredito que essa seja convicção da classe política. Mas uma coisa é o que politicamente pensam, outra é para onde, efectivamente, os números apontam.
Dir-se-á; ainda não chegámos lá! Mas logo chegaremos e há “n” questões de índole técnica que deveriam ser analisadas desde já. Então quais?
Uma das grandes questões, se não a maior, é que os nossos activos agora registados em €uros, logo terão de ser relevados em Escudos – será que voltamos pró escudo? – Em concreto os nossos activos, quaisquer sejam, serão contabilizados na moeda nacional.
A partir desse momento pelos efeitos de valorização/desvalorização das moedas começam e ser geradas diferenças cambiais. Uma questão para outras nupcias.
Por outro lado temos a dívida, a actual - os passivos - em €uros, eventualmente em dólares. Essa é dívida assumida e tais valores hão-de ser pagos, obviamente. Contudo, para efeitos de balanço ter-se-ão de redenominar as dívidas para a moeda nacional. Mas atenção as dívidas não terão desvalorização. São o que são.
Ah! então, não têm nada a ver com o estado dos nossos capitais próprios. Têm, têm! Façam um exerciciozinho e logo vêm que têm.
Assim sendo, uma vez mais que o corpo político - porque anda entretido a assobiar pró melro - ainda não percebeu isto!
Portando, salvo melhor opinião, a massa cinzenta deste país já deveria de estar a discutir este caso; os contabilistas, os economistas, os actuários – que porventura vão voltar em força – os quadros da banca, etc.
Portando, o pontapé de saída, ou melhor o murro de saída, deveria ser dado; amanhã é tarde. Se a mais não se chegássemos, pelo menos assumiríamos uma postura de preocupação nacional.
Até lá, muito sinceramente, esperamos que uma profunda alteração do paradigma na gestão da empresa “União Europeia” aconteça.
Mas, meu Deus, com aqueles políticos!...
Leiria, 2007.05.30
PS, já depois da inserção neste espaço, deste texto, fui chamado à atenção de que a plêiade de técnicos acima elencados a estes deveria juntar também os Psicólogos (os das Organizações) e eu acho muito bem!