Segunda-feira, 30 de Maio de 2011

Quando teço opinião sobre à União Europeia, quanto às dissonâncias de política e políticas e económicas, a meus olhos têm razão de ser.

 

Agora já não é mais possível continuar tapar o sol com a peneira. A Grécia já admite sair da zona Euro. Por sua vez a Irlanda vem dizer que continua de rastos. E, outros se perfilam.

 

Embevecidos com a campanha, os nossos políticos, têm ignorado o aumentar do fosso. Tais factos são indícios claros de que Portugal, não estando à cabeça do pelotão, só pode estar na cauda. E, já sem forças para agarrar ao andamento da última roda.

 

Mas nós estamos bem! Continuam a dizer os políticos. Seja-me permitido esta liberdade; não acredito! Ou seja, acredito que essa seja convicção da classe política. Mas uma coisa é o que politicamente pensam, outra é para onde, efectivamente, os números apontam.

 

Dir-se-á; ainda não chegámos lá! Mas logo chegaremos e há “n” questões de índole técnica que deveriam ser analisadas desde já. Então quais?

 

Uma das grandes questões, se não a maior, é que os nossos activos agora registados em €uros, logo terão de ser relevados em Escudos – será que voltamos pró escudo? – Em concreto os nossos activos, quaisquer sejam, serão contabilizados na moeda nacional.

 

A partir desse momento pelos efeitos de valorização/desvalorização das moedas começam e ser geradas  diferenças cambiais. Uma questão para outras nupcias.

 

Por outro lado temos a dívida, a actual - os passivos - em €uros, eventualmente em dólares. Essa é dívida assumida e tais valores hão-de ser pagos, obviamente. Contudo, para efeitos de balanço ter-se-ão de redenominar as dívidas para a moeda nacional. Mas atenção as dívidas não terão desvalorização. São o que são.

 

Ah! então, não têm nada a ver com o estado dos nossos capitais próprios. Têm, têm! Façam um exerciciozinho e logo vêm que têm.

 

Assim sendo, uma vez mais que o corpo político - porque anda entretido a assobiar pró melro - ainda não percebeu isto!

 

Portando, salvo melhor opinião, a massa cinzenta deste país já deveria de estar a discutir este caso; os contabilistas, os economistas, os actuários – que porventura vão voltar em força – os quadros da banca, etc.

 

Portando, o pontapé de saída, ou melhor o murro de saída, deveria ser dado; amanhã é tarde.  Se a mais não se chegássemos, pelo menos assumiríamos uma postura de preocupação nacional.

 

Até lá, muito sinceramente, esperamos que uma profunda alteração do paradigma na gestão da empresa “União Europeia” aconteça.

 

Mas, meu Deus, com aqueles políticos!...   

 

Leiria, 2007.05.30

 

PS, já depois da inserção neste espaço, deste texto, fui chamado à atenção de que a plêiade de técnicos acima elencados a estes deveria juntar também os Psicólogos (os das Organizações) e eu acho muito bem!



publicado por Leonel Pontes às 16:48
Terça-feira, 24 de Maio de 2011

Não custa nada a aceitar que – assim no-lo dizem -, os portugueses estão cansados de cowboiada. A farra já vai para quatro décadas. Por mim, não era nada disto que estava à espera. De outro modo nunca teria dado o corpo ao manifesto.

 

Se andámos tanto tempo a trote da cowboiada, porque não fazer agora de índios? Poderíamos encetar uma outra caminhada. A gosto, ou a contra gosto ela vai mesmo acontecer um dia destes. Só que, desta vez, quem tomará a cicuta somos nós. Não tenham dúvidas! 

 

E, o maior desgosto (ou talvez não!) será o de acordarmos um dia destes ainda mais pobres. Os míseros patacos que têm à guarda no banco (quem tem, claro!) deixarão de valer. Ou seja de cada cem euros só receberão um quarto. Se receberem!

 

Portanto, salvo melhor opinião, está na hora de fazer uma outra revolução (esta que estamos a viver vai ficar na história com a revolução da roubalheira) E valerá a pena fazer outra revolução? Então não vale! E por onde começar?

 

Vamos começar por puxar pela mente talvez na linha do que disse Albert Einstein “tudo deve ser simplificado o mais possível, mas não mais simples do que isso”.

 

Portanto, em matéria de impostos - um dos vírus que está a matar o país -, só pagaremos os o que podermos pagar. Portanto, se quiserem que a "gente" trabalhe, trabalharemos mas sem pagar impostos. Quanto muito uma décimazita!

 

Combustíveis não consumiremos; só se forem isentos de impostos. Deixaremos de fazer bichas (pra mim filas), não haverá mais engarrafamentos, nomeadamente, no IC 19 de há décadas, e também não gastamos dinheiro, nas portagens e nas conservações das estradas. Podemos abrir uma excepçãozita; só merecerá conservação a estrada de acesso ao Algarve.

 

Então como nos deslocamos? De bicicleta, acham mal! Começam logo a poupar no ginásio. Por outro lado, os grandes espaços comerciais, também não fazem falta nenhuma. Passamos a plantar as couves e a semear as batatas, as ervilhas no campo, etc., Temos tanto campo. Mas quem não tem? Esses podem usar o estádio municipal, de todo o modo o rendeiro também não paga a renda! E depois também não gastamos milhares de euros de água para manter a relva viçosa. Agua só para regas agrícolas.

 

Vamos passar a criar, outra vez, aí num cantinho qualquer, o mama-e-ronca e passaremos a ter carninha fresca, melhor do que a que é importada pelas grandes superfícies. Por mim farei todo esse trabalho, pico, chamusco, desmancho, faça os torresmos e no final bebemos uns copos. E seremos mais felizes.

 

Ah! Está aqui um guizo aos ouvidos a dizer “e a ASAE?” Podemos fazer como fez o Ruas em Viseu (os fiscais são para correr à pedrada) E o guizo ainda me diz “mas quem faz o trabalho da matança” Posso fazer eu mesmo, vou a casa do criador e tudo.

 

Mas, fica desde já o recado, não me vou colectar, os "gajos" das finanças não precisam de saber quantos espetadelas dou por mês. Também é só o que falta saberem! A vez deles, da fomecazita, também vai chegar; oh se vão! Portanto, que fique claro, não passo qualquer recibo verde, azul ou o quer que seja. Nada!

 

Uma outra solução seria emigrarmos todos. Isto de uns cá a guardarem os tarecos e outros lá a gozarem, não é justo. Por mim, que já estou a cair para velho, não me importo de ficar por cá sozinho, com o primeiro-ministro se ele quiser (não é que eu lhe peça!) Todos dias vendia uma terra, uma casa, um carro, o que fosse para lhe encher o... o co … o cofre de dinheiro.

 

Mas se todos emigrassem vendia a quem? Pois… vendia ao… vendia aos mesmos a quem essas cabeças pensantes vão vender os salvados do país.

 

Só mais uma coisa. Enquanto isso, para não estar fora da lei, criava uma nova figura jurídica subsumida num agrupamento de constructos isentando-o de impostos e deixava também de pagar IRC.

 

Leiria, 24.05.2011



publicado por Leonel Pontes às 20:36
Sexta-feira, 20 de Maio de 2011

Seja-me permitido trazer à praça um breve apontamento de investigação estatística para ilustrar o grave, gravíssimo, momento por que o país está a passar.

 

Ou seja, a investigação em ciências sociais, aponta sempre para conclusões inequívocas. Isto é; entre variáveis independentes, tais sejam o partido A e o partido B aplicando-lhe o método de investigação, perante os resultados finais, abaixo de determinado parâmetro, conclui-se sempre pela rejeição da hipótese nula (H0). Logo é de aceitar por contrapartida a oponente.

 

Tomando por base a questão do desemprego em contínuo crescimento – aliás, único factor de crescimento que o país tem –, para cuja maleita, se deveriam tomar as necessárias correcções, em tempo, de modo a inverter a situação. Mas assim não tem acontecido, antes preferem esfalfar-se a falar com ditos e contraditos; nada concluindo.

 

Há anos que digo e escrevo isto e, malgré tout, nada tem sido feito; mas também não era suposto que o fosse. Por isso, bem compreendo que um dia proeminente figura me tivesse dito que de nada adiantaria escrever para os jornais, posto que do dia seguinte à publicação tudo ia para o lixo e já ninguém se lembrava do que tinha sido dito.

 

Enquanto isso, o partido A, continua a debita opiniões até à barbárie, e o B não sendo capaz de desmontar o construto, vai na sua roda. E a maleita continua em crescendo, não sem que despudoradamente ambos digam agora é que a coisa vai.

 

Assim sendo, como ninguém diz em concreto como se vai resolver a questão, daqui deste espaço pergunto ou digo. Porventura haverá alguém, aferido com todas as oitavas, que se atreva a promover investimento, logo emprego, com a actual legislação; ambiental, industrial, fiscal, laboral e demais?

 

Não fora isso, e de há muito que os mais novos já estariam a promover a criação dos seus próprios negócios geradores de emprego. E porque não o fazem? Porque muito antes de abrirem portas, já o negócio está a entrar em falência. E, num ápice passam de gente de bem a marginais com processos a entupir os tribunais. Mas o erro está na base. Só se gerem ineficiências.

 

Está a decorreu um período de reflexão e discussão política onde deveria ser encontrada, uma solução que fosse para o país; mas não. Só ouvimos banalidades. E sempre se fala do mesmo; da maledicência.

 

Em conclusão, neste contexto, posso concluir, enquanto cidadão, na mesma linha dos políticos deste país que “de nada vale gastar cera com defuntos”. Mas por respeito aos ditames da matemática e das investigações estatísticas, forçado sou a aceitar quesão de rejeitar liminarmente as duas hipóteses.

 

Ou seja, nenhuma das hipóteses servem as reais necessidades do país, logo vamos todos mesmo para a falência. Há dúvidas?

 

Leiria, 2011.05.20



publicado por Leonel Pontes às 15:44
Quarta-feira, 04 de Maio de 2011

Recorrentemente, de todos os extractos sociais, ouve-se dizer: “mas onde está o nosso dinheiro? Alguém o tem!”

 

Pois tem. Façamos um breve exercício e logo saberemos onde foi parar. Para o efeito façamos de conta que Portugal, no âmbito da União Europeia, é uma empresa, das 27 empresas (cada um dos países que compõem a União). E, façamos ainda de conta que esta a nossa é a empresa “P”

 

Entretanto, façamos também a sua categorização de “género”. Logo ficaremos a saber que apenas 4 países são do género masculino. Machos. Todas as demais, 24, são do género feminino, ou seja 75% da UE.

 

Têm dito, enfatizado até, que a empresa “P” sempre se revelara no seio da União um bom aluno. Isto é, o aluno andou a cortejar damas.

 

E, a propósito já dizia, o escritor inglês, Óscar Wilde, que as damas amam pelo que lhes dizem, enquanto os machos amam pelo que ouvem.

 

Com efeito, os machos, da empresa “P”, fácil é de perceber, faziam de conta que andavam a emprenhar pelos ouvidos. Foi o que foi!

 

Assim, para compor o ramo das noivas dir-se-á que, logo a seguir à festa dos cravos, fora-me dito por um homem bom: “isto agora vai emborcar-se tudo, é o que te digo. Esta gente não tem cabeça. Enquanto não estourarem a pesada herança, não descansam”

 

Hoje forçado reconheço que havia nisto algo de verdade. E mais dizia; “esta rapaziada à Segunda-Feira cura a ressaca do Domingo, à 3ª preparam-se para fazer alguma coisa, à 4ª carregam os cartuchos prá caça, à 5ª vão dar uns puns, à 6ª limpam as espingardas, ao Sábado entram de semana à inglesa.

 

E, assim pensam que estão a construir um país até ao dia em que virão atrás de si todos os dotes acompanhados dos “cães”, todos. Não sabemos se serão todos, mas o que sabemos e vemos já basta; os patrões da empresa “P” ferraram um cão desaçaimado que já vai pra perto de 100 mil milhões de Euros.

 

E, o que parecia ao meu velho amigo conservador, assim aconteceu. Pois sim! E, o dinheiro onde é que está? Os caçadores de dotes e de votos andaram a gastar por conta; gastaram o seu, e o de crédito. Os que caçaram nos países por lá deixaram o próprio e o alheio. Uma nova pesada herança.

 

Enquanto isso os partners da União foram largando aos montinhos umas sentenças acompanhadas de umas maçarocas para pagar outras tantas consultorias. Ajudas sempre acompanhadas de manuais de instruções, dizendo “vocês não façam nada! arranquem a vinha, que nós damos um subsídiozito. Arranquem as oliveiras que também damos uns patacos. Produção de leite também não é preciso que nós pomo-lo aí a bom preço. Quanto às pescas nós fazemo-las porque sabemos muito mais da arte que vocês” E assim por diante.

 

Portanto, os gestores da empresa “P” sempre em concordância, ou quase sempre, com as parceiros (as) de holding, também não queriam aborrecer-se muito com o trabalho posto que também precisavam do tempo para as caçadas.

 

E, nos intervalos, ou seja em períodos de defeso, promoviam eleições transaccionais dizendo aos cidadãos – e todos embarcaram no paleio - “vossas mercês, votem em nós, porque vamos arranjar-vos maneira de nada fazerem – ou de fazerem ainda menos – porque nós compraremos tudo aos nossos amiguinhos a bom preço.

 

 O que eles não tiverem (porque temos por aí uma pascerias cruzadas) mandaremos vir de outros espaços económicos. Gostam?

 

Em suma, já todos percebemos onde está o nosso dinheiro? Está nas empresas que produziram toda a sorte de bens que consumimos ao longo dos anos dourados da União.

 

Grande país é Portugal, não é? Mas, do que não escapamos é de pagar a fava-rica que andámos a manducar a crédito.

 

Leiria, 2011.05.04

 



publicado por Leonel Pontes às 02:28
A participação cívica faz-se participando. Durante anos fi-lo com textos de opinião, os quais deram lugar à edição em livro "Intemporal(idades)" publicada em Novembro de 2008. Aproveito este espaço para continuar civicamente a dar expres
mais sobre mim
Maio 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
19
21

22
23
25
26
27
28

29
31


pesquisar neste blog
 
subscrever feeds
blogs SAPO