Segunda-feira, 26 de Setembro de 2011

Bizarro o mundo em que vivemos; não é? Será que as pessoas pensam? Mas se pensam, pensam pró bem, ou pensam pró mal? Se pensam pró bem como usam a linguagem do mal. E se pensam pró bem, como é possível a produção tantas coisas abstrusas, tais sejam:

 

Como é possível encurralar 20 cidadãos a pretexto de fazer deles famosos. E o que vemos? Vemos uma “cena” mais ou menos igual ao país que nos impingiram durante últimas três décadas. Coma-se, beba-se, durma-se, gaste-se, prostitua-se e reivindique-se tudo o mais que não deverá ser feito para “construção” do homem novo com um novo futuro.

 

Será que vai sair dali alguém mais instruído, mais culto, mais preparado para as adversidades da vida? Não, é claro não vai! E não tem já o país exemplos dum passado recente, onde a generalidade dos jovens se viram atirados para a maior das frustrações? Alguns desses até ensaiaram tentativas de suicídio. O que foi feito por eles? Nada. Alguns até estiverem presos por actos praticados por condutas reprováveis.

 

E voltam a insistir no erro.

 

Ah! Mas estes programas dão grandes audiências. Pois devem de dar! Mas ninguém vê que só estão a deseducar em contraciclo com com o dinheiro gasto ao erário publico para os formar.

 

Há comportamentos que não são de gente sana; vistos por todos, por todo o país e não há ninguém capaz de dizer; chega?

 

E vamos adiante.

 

Há um tempo a esta parte, pelo menos quatro vezes ao ano vemos citado nos jornais com fotografia e tudo sábias opiniões. Opiniões que dizem sempre o mesmo, opiniões que só servem para desviar atenções do passado. E tudo serve para achincalhar.

 

Com a atenção que o caso requer temos procurado saber o que sabe o erudito vereador. O que fez, a sua história de vida, o seu histórico, onde se possa vislumbrar mérito. Nada. Um peso específico de conhecimento zero; mas pavoneia-se na praça com a sua sapiência que, infelizmente, fez escola no país; custou milhões aos portugueses.

 

Geriu, ao que se saiba uma, apenas um, empresa. E é dessa de que sempre fala – com grande nostalgia, nota-se –, como se fora a menina dos seus olhos. O “mestre” não consegue  enaltecer a sua sapiência sem denegrir a imagem de outros cidadãos tão mortais quanto o erudito.

 

Mas porque a empresa é para si um faits divers; porque não diz toda a verdade, porque esconde erros de gestão fechados a sete chaves.

 

Já chega de tanta erudição e daí que ouse lembrar aos cidadãos leirienses que estava em latência um erro fiscal que a não ser atalhado, como foi, resultaria para a autarquia num custo fiscal quatro virgula seis milhões de euros. O que fez o gestor? Nada.

 

Um outro erro, este por omissão e relaxação custou (aos cidadãos leirienses) à volta de mais cinco milhões de euros. Nestes incluídos meio milhão de euros de juros por não haverem sido tomados os procedimentos devidos. E ninguém diz nada? Este gestor em qualquer empresa organizada deste desorganizado país já teria sido corrido a chuto.

 

E para que serve a Assembleia Municipal, não é para ver, analisar e denunciar tais desmandos?

 

E mais refila permanentemente porque um parque de estacionamento subterrâneo que dá prejuízo, mais isto e mais aquilo, quando tal equipamento tinha ali instalado mais de quatro milhões de euros submersos de água, logo em absoluta deterioração. O que foi feito par sustar o erro de investimento, ou tão-só a manutenção do equipamento? Nada.

 

E também respinga sempre com os bungalows instalados na Praia do Pedrógão, que são um prejuízo para o orçamento da autarquia. e tal e coisa. Mas sabem os cidadãos que estes foram instalados a custo zero. E porque não cuidou o gestor/vereador de assegurar condições de urbanidade na dita zona de veraneio?

 

Meus caros, como poderemos tirar o país da crise negra em que mergulhou com políticos destes? Mas ninguém é capaz de tomar uma decisão? Temos ad eterno continuar a ouvir e a ler incompetências de mauzões com fardeta de bonzinhos a coberto duma matriz das victórias de Pirro.

 

E vai o PSD continuar travestido de vereadores na autarquia a quem permanentemente nega apoio político. São ou não são vereadores do PSD? São. Então clarifiquem-se as coisas, não podemos escamotear tais jardinasses. Combatê-las-emos, por amor a um futuro mais próspero, mais justo e mais saudável.

 

Se estes não têm a confiança política da bandeira do PSD então que sejam relegados para o seu papel de independentes e incompetentes.

 

Leiria, 2011.09.26



publicado por Leonel Pontes às 14:28
Quinta-feira, 22 de Setembro de 2011

Não é líquido que consiga explicar, porque incompreensível, a situação (abstrusa) que em Portugal vai fazendo doutrina; ocultação, ou a divulgação de contas erradas por entidades investidas de poderes públicos; como é o “buraco” financeiro da Região Autónoma da Madeira.

 

E, o que nos vem agora dizer o façanhudo político? Mais ou menos isto: “se disséssemos a verdade não nos deixavam fazer obra e, por outro lado, o governo da República nos últimos trinta e tantos anos nada fez aqui (na Madeira), nós é fizemos tudo”.

 

Nestas quase quatro décadas de democracia o país produziu um vasto acervo de normas em ordem a regular a actividade económico-financeira das empresas, mas também as actividades do poder local e regional.

 

Tais normas que pouca valia trouxeram à gestão da coisa pública todas estão subordinadas a uma simplicíssima regra de análise; o debt equity. Ou seja, economicamente, todos podem investir desde que financeiramente tenham assegurada a inerente capacidade financeira.

 

Porém os poderes públicos sempre se borrifaram para o cumprimento de normas ignorando o debt equity, vulgarmente conhecido pelo rácio de endividamento. Resultando daí um incomensurável endividamento, sobre o que estamos agora a pagar juros incomportáveis.

 

Mas Santo Deus, logo os madeirenses que são tão tementes! Essa rapaziada exorbitou. Todavia, é mandatório que se responsabilize também os organismos de fiscalização e vigilância que não cuidou de assegurar as auditorias às contas e bem assim quanto ao que de subjectivo destas possa resultar, tal seja; “quem cabritos vende e cabras não tem de algures lhe vem”. Qualquer coisa como os sinais exteriores de riqueza nas empresas de estado.

 

A Madeira fez obra, mas sem que se soubesses de onde vinha a fonte de financiamento. E, então como pagaram? Não pagaram! Arrumaram as facturas para trás do móvel. Esconderam, violaram as elementares regras de gestão. Cometeram fraude. E por via disso estão insolventes. E agora? Agora, a coisa é fácil de resolver.

 

Portanto, façam lá na Madeira, os necessários aumentos de impostos e paguem as vossas contas. Porque havemos de ser nós a pagar as dívidas feitas pelo desbragado Joâo? Porque têm de ser os pobres transmontanos, muitos deles a viver em casas de pedra crua e que nunca viram o mar a pagar o faustoso viver dos madeirenses!

 

Mas o governo, os governos em geral, encontram sempre o expedito meio de aumentar os impostos. Não! Não meus senhores, os impostos locais têm de servir para pagar os investimentos locais. Por favor exija-se a racionalização dos meios, ponha-se essa gente a pagar as suas contas com o seu dinheiro. Talvez assim, se perceba que não estamos a exercer uma política de tasca com “rodadas de copos de três”. Cada um tem de pagar o que bebe.

 

Com frequência fala-se das empresas e todos dizem querer o seu bem, mas o bem como as tratam é fazendo-lhes pagar mais impostos para suprir má gestão levada a termo pelos medíocres políticos. E depois dizem que vamos crescer no ano de 2012. Com as medidas que estão a ser tomadas nem uma décima que seja!

 

Diz-se também que as nossas leis não permitem que possamos responsabilizar os nossos lídimos gestores da coisa pública. Mas se as leis não permitem, faça-se lei que o permite. Ah, mas a Assembleia da República não quer. Pois se não quer, passa a querer, sob pena de estar a destruir o país.

 

E quando a bancarrota entrar pela madeira adentro (as águas estão a subir rapidamente à proa) vai tudo o fundo. Por isso de que nos vale a democracia e o respeito por leis que só servem para ocupar uns líricos!

 

Ontem, ouvindo o Prof. Dr António Damásio, a propósito da “neurologia do sentir” quanto às capacidades cognitivas humanas o mestre vincou que “o drama do dia-a-dia são as invenções de soluções criadas pelo ser humano”

 

Leiria, 2011.09.22



publicado por Leonel Pontes às 19:10
Segunda-feira, 12 de Setembro de 2011

Nós, portugueses, não temos emenda, somos assim; megalómanos! Mas sempre assim fomos; descoramos o essencial, valorizando o acessório. Ou não e assim?

 

Temos as melhores estradas da União Europeia; segregando o custo/benefício! É mentira? Temos um país semeado de auto-estradas, que agora ninguém quer pagar. E, todas elas faziam (e fazem) falta? Talvez não!

 

A estrada do Algarve, por exemplo, (quase exclusiva, para quem vai gozar férias) faz falta? Mas para quem vai de férias precisa de infra-estruturas tão caras? Se for mais devagar não chegará mais depressa? Correm tanto que acabam por esbarrar contra alguma coisa e aí quedam a vida para todo o sempre.

 

Mas é só de estradas que temos sumptuosidade? Não! Temos sumptuosidade a mais, para o país que somos e para a riqueza que produzimos.

 

Mas a questão de hoje são as vias rodoviárias vs pedonais.

 

Leiria, na zona do Alto Vieiro está a passar por uma reforma sumptuosíssima. E fazia falta? Toda a nossa actividade económica local tinha meios de deslocação sem que a falta de tais vias se fizessem sentir como um entrave ao desenvolvimento.

 

E faziam falta as obras de arte conexas com as mesmas rodovias? Mas porque se projectaram tamanhas obras? Faziam falta – repetimo-nos -, ao desenvolvimento local, quiçá fazia grave atrofia à passagem rodoviária pela região? Crê-se que não!

 

Então porque pedimos emprestado tanto dinheiro (e tão caro) ao estrangeiro para investir em coisa que pouca falta faz?

 

E o que faz falta, faz-se? Não! Então há mau planeamento no país. Pois há! Essa é a nossa pecha. Ainda hoje damos razão ao velho filósofo Sócrates quando disse que (mais ou menos isto) tanta coisa que vejo e que não me faz falta nenhuma.

 

Sendo práticos vamos a um caso concreto.

 

Quem quiser ir a pé de Marrazes (de Cima) para Marrazes de Baixo (para a cidade) como faz? Tem de pedonar conjuntamente com os carros. Existe um passeio paralelo à Estrada (que é mais uma rua) de São Tiago? Não!

 

Conclusão. Os cidadãos de Marrazes não podem ir à cidade, a pé, porque o escasso passeio que têm é irregular, entrecortado por espaços para estacionamento de contentores de lixo, estacionamento de carro, valetas fundas, e tudo o que gera um permanente perigo aos transeuntes.

 

O que deveria de ser feito então? Um passeio, conjuntamente com uma ciclovia. E, a estrada de São Tiago deveria, por isso mesmo ter um único sentido rodoviário; ou ascendente, ou descendente. E tem mais por onde drenar o trânsito automóvel? Então não tem!

 

Em suma, nós portugueses somos mesmo uns megalómanos; pensamos sempre em grande para o que não faz falta, muitas vezes erguemos obra de “fachada”.

 

Dai que, ouse, desta tribuna lançar um apelo, que a não ter provimento será o inicio da perda das próximas eleições da actual bandeira.

 

A Junta de freguesia de Marrazes, porventura quererá ver esta falha citadina resolvida e por sua vez o Senhor Presidente da Câmara (que é um jovem operário político, com vontade, dinamismo e força para vencer) também ele residente nos Marrazes tem o dever de tomar a iniciativa de promover a realização da obra que acabo de pedir para os cidadãos dos Marrazes (e não só)

 

E mais direi, por tão-pouco com toda a certeza que não vão deixar para amanhã o que já deveriam ter feito hoje!  

 

Leiria, 2011.09.12



publicado por Leonel Pontes às 16:09
Terça-feira, 06 de Setembro de 2011

Local, regional, nacional e mundialmente assiste-se a uma escalada de conflitos como nunca fora visto; nem mesmo antes, durante ou depois de quaisquer das guerras mundiais. Mas como se costuma dizer: não há duas sem três; talvez esteja aí uma outra, em germinação.

 

Entre esses, há um que toma a dianteira; o do dinheiro. Na união europeia o dinheiro é pomo de discórdia. No continente americano é o dinheiro, pela via do bem de troca petróleo. Na África negra os conflitos têm levado à morte milhões de vidas, dada o mau uso do dinheiro. Enquanto isso os líderes políticos acumulam fortunas.

 

Quedemo-nos então e tão-só pelo nosso espaço geográfico, económico, social e monetário.

 

A grande questão na Europa gira também à volta da moeda euro, coisa a que não é de dar importância. Poderia ser coisa grave; e, aí teríamos de recorrer à sapiência de um Albert Einstein que logo diria, como dissera quando fora convidado para governar Israel “não aceito tal lugar porque não sei governar um país”. E mais diria; se não sabem ser tendeiros porque hão-de ser padeiros?

 

A questão do Euro, a meu ver, é coisa fácil de resolver. Daí que essa ideia estulta dos governantes da União Europeia em consagrarem na constituição limites da dívida externa é coisa de principiantes de economia política.

 

Então e o que é a “balança comercial?” Então esta não diz, num segundo, quando é que um país importou mais do que as suas capacidades de exportação? Diz. Ora se diz, basta tão-só que os governos implementem uma pequeníssima regra de “não importação” enquanto se mostrar com déficit a balança comercial. Basta isto. Ponto

 

Em consequência, vem um experimentado gestor alemão – que mais parece um chefe de mesa da cozinheira Merkel - ex-presidente dos industriais alemães dizer “acabe-se com o euro”, ou neste só podem ficar países industrializados; nomeadamente, a Alemanha, Finlândia, Áustria e até a Holanda.

 

Em abstracto concordo. Pois que façam o seu grupo de amigos e vendam a sua produção industrial aos seus amigos. Ponto. A industria automóvel, a maquinaria pesada e ligeira, a indústria química, a electrónica e outra mais vendam-na aos seus amigos do neo-grupo.

 

Por isso, as linhas de contenção das nossas contas públicas não vão dar em nada; mais não são do que pachos de água quente. E repetimo-nos porque não seguimos os princípios económico-financeiros ditados pela balança comercial?

 

Endividamento. Outro conflito. Eu que sou um cidadão medianamente inteligente (isto é, julgo-me menos burro que outros que por aí vejo de proa e crina levantada) escrevi há mais de uma década e disse-o publicamente numa cerimónia pública de tomada de posse de um determinado elenco camarário que o país estava falido e com um endividamento geracional, sem par. Disseram-me “está doido ou quê!” Mas estávamos ou não estávamos endividados? Estávamos. Ah! Pensei que iam fazer outra vez queixa de mim na Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, a pretexto de não saber ler balanços.

 

Quem provocou esse endividamento? Foi, sem dúvidas, a banca que a pretexto de ganhar muito pôs o país na banca rota. Porque havemos de andar agora a pedir dinheiro emprestado para tapar a má gestão dos lambões da banca? Mas a coisa tem solução? Tem!

 

Se a empresa xpto fornecer a quem não paga, o que lhes acontece? Vai à falência e os seus accionistas perdem o seu capital. Então porque não há-de perder a banca o dinheiro que espalharam por aí – como que a fazer sementeiras! –. Então também temos solução? Temos! Quem do seu não cuidou nem observou o que em estatística inferencial é conhecido agora que sofra as consequências. Aguente-se à falência.

 

Mas tais consequências são graves para o país? Não, grave é reestruturarem dívidas que os desgraçados dos meus (dos nossos) netos, sem comerem nem beberem nem gozarem tê-las-ão de pagar no futuro?

 

Em suma: estes conflitos têm solução? Têm, gerindo-os como um bom pai gere a sua casa; o que também começa a escassear.

 

Leiria, 2011.09.06



publicado por Leonel Pontes às 09:04
A participação cívica faz-se participando. Durante anos fi-lo com textos de opinião, os quais deram lugar à edição em livro "Intemporal(idades)" publicada em Novembro de 2008. Aproveito este espaço para continuar civicamente a dar expres
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