Não sei o grau de veracidade da notícia - chegou-me por via pessoal -, um desabafo, de que os Angolanos começam a revelar inquietação e repúdio em admitir (contratar) professores portugueses, nomeadamente da área da economia, posto que, e dizem:
“ Se eles – portugueses - têm uma economia em farrapos, se entre si não se respeitam, se estão sempre a desacreditar os saberes dos seus pares (e isto vê-se, nomeadamente em constructos políticos) como podem vir para Angola ensinar economia? Daqui a algum tempo vamos estar como Portugal, ou pior, ensinam o que não sabem, ensinam conceitos para a falência!”
Vistas as coisas assim até parece que o diagnóstico correto.
Mas, o pior está mesmo a vir ao de cima; direi eu! O que sabem mesmo os economistas portugueses? Uma classe inteira, toda ela, foi posta eu causa. Vejamos.
Apareceu por aí um ex-presidiário feito “papagaio” dizendo que era um testa de ferro da ONU, um supra sumo, dotado de tantos saberes, corroborados por “n” cursos tirados nas melhores Universidades e até com o grau de “doutor” ministrado por uma Universidade; que afinal nem existia.
Deu conferências, teve tempo da antena, foi um “primus inter pares”, disse o que quis, deu entrevistas para jornais mais insuspeitos da ciência política como fora o “Expresso” alardeou saberes acima dos seus interlocutores, tanto saber que os seus pares nem perceberam que estavam diante de um analfabeto; um “charlatão”.
Vendo as coisas assim, os angolanos têm mesmo razão, quando um “par” de uma qualquer profissão não consegue destrinçar o que é ciência do que é charlatanice, é caso para concluir: Oh Relvas está perdoado e por mim absolvido nesta época natalícia.
Leiria, 2012.12.26