A palavra organização vem do grego “organon” que significa ferramenta, sendo que, uma ferramenta é um dispositivo mecânico, criado e desenvolvido para executar determinadas actividades. Porém, o desenvolvimento das ferramentas, todas, evoluiu muito ao longo dos últimos anos, basta lembrar a velha chave-inglesa criada ao tempo da revolução industrial, hoje praticamente fora de uso.
As ferramentas de hoje, são muito sofisticadas, são micro ferramentas e passámos a chamar-lhes software e hardware. Mas, quaisquer que sejam os conceitos, por certo, temos que, para vencer nas actividades que exploramos, havemos de trabalhar com ferramentas actualizadas e eficazes de modo a potenciar a eficiência. Se assim não for, ficamos para trás. E, o que nós não fizermos, por falta de iniciativa, de capacidade, ou de má implementação, obviamente que poderemos – como soe dizer-se - esperar sentados. Outros, mais perspicazes, obterão os resultados que gostaríamos de obter.
Assim, quando adquirimos um sistema informático estamos a adquirir uma ferramenta, com vista a determinada organização, estamos a procurar crescer, estamos a construir o futuro. Se, pelo contrário, a escolha foi negligenciada, se a ferramenta é esconsa, se fizemos uma aposta tendo por base tão-só argumentos impingidos - e há gente desta no mercado - pela certa, vamos perder competitividade; deixamos de ganhar e passamos a gastar dinheiro, por vezes muito. E, irremediavelmente, ficamos para trás.
E, já que estamos a falar de ferramentas informáticas, ou de sistemas de informação, é mister ter sempre presente que uma ferramenta informática convenientemente estudada e estruturada para o fim em vista, é, por demais, evidente que estamos a instalar um factor de competitividade e aos dias de hoje ninguém poderá esperar que ovo caía, do dito, se não forem asseguradas as convenientes e necessárias fontes de alimentação.
Por outro lado ainda, não existem recursos humanos, nem vendedores, nem distribuidores – nem bons, nem maus - hoje tudo tem de ser bom, subsumidos numa única ferramenta “organização”. Hoje para vencer num mercado global e competitivo só poderemos almejar tal objectivo se a nossa organização estiver dotada de toda uma “organização” – estenda-se, pois, todo o conjunto de ferramentas adestradas às realidades, gente motivada, e sobretudo temos de ser muito disciplinados e disciplinadores.
Bem sabemos que, em Portugal, nos tempos que correm, ser-se disciplinado e disciplinador é razão bastante para ganhar anticorpos, para levar rótulos, nos outros países, ser-se disciplinado e disciplinador é razão indispensável para progredir, para preferência de emprego, para conquista do sucesso para, a partir daí, fazer, construir e pertencer a boas organizações.
Por tudo isto, já vimos, organizações que por teimosia, quiçá ignorância de pseudo sábios se candidataram ao exercício do pioneirismo abstracto, e em consequência, não constroem, nem produzem, perdem tempo, não sabem quanto custa o que produzem, não sabem por quanto hão-de vender, antes guiam-se pela opinião cega do mercado e pior ainda, não sabem o estado das contas – leia-se contabilidade – e por vezes até constroem balanços que não cruzam, isto é, os valores do activo tem somatório diferente do membro passivo.
Leiria, 04.04.2008