Hoje é Natal, mas nem por isso deixa de ser tempo de reflexão. Enquanto o almoço é preparado pela família eu vou pensando no futuro da família, dos mais novos (dos meus e de outros) e francamente antevejo-lhes um futuro muito, muito sombrio. Outros, se é que pensam ou se só falam; ao que já chamaram palavras de afecto (pura psicolinguística) – acham que a coisa vai de vento em pôpa, não obstante o continuado aumento da dívida pública.
Será que no futuro as contas são pagas com afectos?
Existem, pois, duas formas principais de um estado (tal seja o nosso) de financiar as suas despesas: pelos impostos ou pela assunpção de dívida; mais.
Com efeito, o que for pago pelos impostos, este será por nós; (os contribuintes de hoje. Ao contrário o que for pago pela dívida, esta será suportada pelos nossos descendentes e pelos descendentes dos nossos descendentes; em vez de activos haverá uma continuada transmissão de passivos a solver pelas suas vidas fora
Oportunamente, com menos raiva redigirei texto reflexivo sobre a problemática do nosso empobrecimento/endividamento, e, não digam, que os fala barato somos nós, os que pensam como eu.
E vamos continuar a ter crédito para pagar as importações dos bens que consumimos, tal seja o bacalhau?
Leiria, 2016.12.25